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A Direção do Sindicato externa à comunidade em geral sua preocupação com relação a política de ensino à distância

Postado dia - 19/05/2020


A Direção do SINASEFE - Seção Sindical IFTO externa à comunidade em geral sua preocupação com relação a política de ensino à distância criada pela Reitoria por meio da Portaria nº 337/2020/REI/IFTO e suas consequências.

Desde o início da execução dessa política pública sérios problemas são reportados pela comunidade em geral, especialmente seu caráter excludente, fato indicativo de falha na concepção da mesma.

No último dia 15, sexta-feira, o Instituto Federal do Tocantins, por meio de seu Conselho Superior adiou a deliberação acerca da suspensão do calendário acadêmico, isso, em razão da não apresentação por parte da Reitoria de relatório técnico formado a partir de informações colhidas junto aos Campi sobre a referida política pública de ensino à distância criada pelo Reitor.

A constatação da ausência de um adequado acompanhamento técnico da política pública em questão, significa um contundente alerta sobre a alta probabilidade de ausência de articulação de ações técnicas aptas a corrigirem as notórias falhas da politica em questão.

Tais falhas são graves e já reconhecidas oficialmente, conforme os exemplos extraídos dos autos do processo/SEI n° 23236.009983/2020-33, vejamos:

(I) Uma quantidade considerável de discentes não estão acessando os Ambientes Virtuais de Aprendizagem;
(II) A necessidade de aulas presenciais para fechamento da carga horária prática das disciplinas técnicas, conforme PPCs dos cursos;
(III) A impossibilidade de realização de estágios durante o período de isolamento social;
(IV) Dificuldade de uso de tecnologias de EaD, tanto pelos docentes, quanto pelos discentes, principalmente pelos discentes das primeiras séries do Ensino Médio Integrado e PROEJA;
(V) A ausência de computadores, dificulta o acesso aos materiais e aulas, não permitindo ambiente simulados de ensino/aprendizagem.

Diante desta situação a Direção do SINASEFE - Seção Sindical IFTO, por meio do Ofício nº004/2020/SINASEFE/SEÇÃO SINDICAL IFTO (documento anexo), encaminhou no dia  18/05/2020, um alerta à Pró-reitoria de Ensino do IFTO acerca da amplitude do diagnóstico a ser enviado ao Consup/IFTO. Ou seja, além de apresentar um diagnóstico acurado da política pública em questão, naturalmente se faz necessário que a Reitoria apresente o rol das medidas aptas a corrigirem as falhas encontradas.

Segundo o Secretário de Políticas e Relações Sindicais, Stânio Vieira, o Sindicato reconhece que a política de ensino à distância é uma opção válida diante do cenário de exceção que estamos passando, em razão da Covid-19: " No entanto, a Direção da Seção Sindical IFTO apenas vem defendendo a suspensão do calendário acadêmico em razão da política de ensino à distância do IFTO não estar garantido a qualidade do ensino necessária e o acesso de todos estudantes.
Portanto, compreendemos ser necessária a suspensão do calendário, após 31 de maio. Assim, durante o mês de junho seria possível uma averiguação e correção dos empecilhos encontrados no diagnóstico da referida política, bem como seria possível proporcionar capacitação aos docentes junto a plataforma de Ambiente Virtual de Aprendizagem”, comenta.

É fato que o IFTO, por meio de seu Conselho Superior, terá que tomar uma decisão acerca da suspensão do calendário acadêmico ou não. E diante dessa situação, a Direção do Sindicato almeja que a Reitoria do IFTO demonstre no referido diagnóstico que solucionou as falhas de sua política de ensino à distância. Por outro lado, a Direção do Sindicato anseia que o Consup/IFTO seja coerente e suspenda o calendário acadêmico do IFTO temporariamente caso o referido diagnóstico não demonstre o saneamento das falhas apresentadas pela política de ensino à distância da Reitoria do IFTO.


Clique aqui para ler o Ofício nº 004/2020/SINASEFE/SEÇÃO SINDICAL IFTO